quarta-feira, 25 de julho de 2012

Parabéns

Quando o mês de julho começa, sinto desabrochar em mim um sentimento engraçado. É como se de repente eu voltasse a ser criança. Basta o mês sete dar as caras pra eu ficar me sentindo toda especial. Coisa besta, mas de repente é como se tudo de bom que acontecesse nesse mês tivesse a ver comigo de alguma forma e eu fico toda me achando.

É um sentimento meio infantil mesmo, mas eu adoro e até acho essa espécie de regress
ão um acontecimento oportuno. Não importa quantos anos eu esteja completando, volto à minha meninice e acabo acreditando, do fundo do coração, que nesse dia eu tenha passe livre pra me sentir especial, para celebrar minha existência e as inúmeras razões que eu tenho pra ser feliz.

Eu amo aniversários. Sempre gostei.  E não só do meu. Eu gosto dos aniversários de todo mundo que eu conheço. Acho que por isso os meus são sempre bons. Não precisa ter festa, nem ter nada especial, não. O aniversário em si basta pra ser memorável. Tem muita gente que fica num mau humor horrível quando o próprio aniversário vai chegando e eu entendo. Também tenho meus cinco minutos de emoções à flor da pele, de hipersensibilidade e daquela sensação de que o mundo vai desabar na minha cabeça. Mas isso passa rapidíssimo logo dando espaço ao que eu realmente gosto de sentir nesse dia.

Quando meu dia chega, gosto de acordar cedinho pra aproveitar bem (até ano passado eu nem tinha outra escolha, pois meu pai sempre me ligava às 7:35 da manhã, horário em que eu nasci). E aí começa a minha maratona de alegria: tomo um cafezão delicioso e demorado, vou ao salão de beleza, coloco uma roupa bonita, ou visto algo que eu normalmente não usaria, só pra me sentir diferente mesmo, e caio na farra com meus amigos. Claro que nem sempre dá pra fazer tudo isso. Quando o aniversário cai no meio da semana e nossa idade cronológica é muito mais avançada do que nossa idade mental (acho que a minha está entre 12 e 15 anos), não fica muita escolha a não ser cuidar da vida e fazer o que precisa ser feito. 

Mas minha felicidade no meu aniversário não depende desses rituais e sim de prazeres tolinhos. Por exemplo, simplesmente adoro quando nesse dia preciso ir à alguma repartição pública, consultório médico ou qualquer coisa do tipo e um (a) atendente me pergunta minha data de nascimento. Gosto de ficar olhando o relógio na véspera e ver o momento exato em que ele marca meia-noite, dando início ao meu dia especial. Na Alemanha conheci algumas pessoas que ao invés de desejar "Feliz Aniversário", desejam "Feliz Ano Novo". Eu adoro isso, porque a data é de fato um ano novo pra o aniversariante. Gosto de eu mesma me dar um presente, com direito a embalagem, cartãozinho com dedicatória e tudo bem especial de mim para mim. Isso tudo deve soar meio maluco, mas eu sou fã de coisa estranha.

O ano de 2012 está sendo cheio de provas pra mim. Um ano difícil, com muitos momentos que poderiam ter destruído meu senso de humor e abalado meu otimismo. Mas pra minha surpresa, acordei hoje às 7:30 e pude logo perceber surgindo em mim um sentimento familiar. Uma certa euforia começando a tomar conta de mim e do auge de meus quase 36 anos, percebi que a menininha dentro de mim quer muito me dar um presente, me levar pra sair e fazer de hoje o dia de reconhecer meu valor dentro de meu mundinho. Sendo assim, de Crisinha para Cris: Parabéns pelo seu aniversário!

 

3 comentários:

  1. Meu deus, q menina liiinda essa na foto!!! E como c é vital e equilibrada! Nada melhor na minha opinião q a auto celebração e Deus! Como c merece! Então, vamos celebrar, celebrar, celebrar!!!! Bjs, querida!!!!!!

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  2. Ps: eu sei q a menina da foto é vc, viu... Rs

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  3. kkkk Paolita vc é uma figura, viu... Eu tinha entendido que você sacou que a menina da foto sou eu. Você como sempre muito fofa, consegue colocar um sorriso em meu rosto. Muitas saudades e muito obrigada!

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